segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Atentado em Dili - Timor-Leste

Após o atentado sofrido esta manhã, Ramos Horta - Presidente da República de Timor-Leste (desde dia 20 de Maio de 2007 e Prémio Nobel da Paz - 1996), já se encontra fora de perigo, e em estado estável a recuperar da cirurgia a que foi submetido hoje, após ter sido atingido a tiro com duas balas, num ataque à sua residência em Díli. Uma das balas, atingiu-o nas costas e passou para o estômago, enquanto que a outra terá passado apenas de raspão. Apesar de ter sido operado com sucesso, por médicos australianos numa base militar em Dili, Ramos Horta, ainda foi transferido para Darwin, Austrália de forma a poder continuar com os seus tratamentos.

Na mesma altura em que o Presidente de Timor, Ramos Horta, foi alvejado, também o Primeiro-Ministro Timorense, Xanana Gusmão, estava a ser alvo de um atentado quando seguia para Díli. Mas este, não sofreu nenhum ferimento. Segundo algumas informações, a coluna onde seguia Xanana Gusmão terá sido atacada quando se dirigia de Balíbar (nas colinas – a 30 minutos a Sul de Díli) para a cidade, ficando a sua viatura completamente destruída.
Agora, o Primeiro-Ministro encontra-se em segurança com a sua família.

Tanto a União Europeia como os governos dos países da CPLP (Brasileiro, Cabo-Verdiano e Guineense), já se prenunciaram e condenam os ataques realizados esta manhã.

Em comunicado «O Brasil condena veementemente o recurso à violência e aclamar a todas as forças políticas e de segurança de Timor-Leste a envidarem renovados esforços para a manutenção da ordem e a solução das questões políticas pela via do entendimento e do diálogo pacífico»

O Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, condenou «firmemente» os atentados, formulou votos para que Ramos Horta «recupere rapidamente» e apelou aos timorenses que «se juntem em torno do seu Estado independente, em torno das suas instituições legítimas, para colocar em primeiro lugar os interesses do país e ao mesmo tempo repor o clima necessário para a construção de um futuro que todos desejam de prosperidade de paz e de uma vida digna para todos».

Já o Governo Guineense classificou os atentados como um «acto ignóbil contra a democracia». Enquanto que o porta-voz do governo de Bissau, Pedro da Costa, afirma que a tentativa de eliminação física do Presidente timorense, José Ramos Horta, e do primeiro-ministro, Xanana Gusmão «é um acto ignóbil que deve ser condenado energicamente», por ser um atentado contra a democracia.

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