segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Eleições no Paquistão

Depois das eleições de ontem, no Chipre, hoje foi a vez do Paquistão. Eleições estas, para as quais o mundo tem estado bem mais atento.

As urnas já fecharam há algumas horas e agora esperam-se os resultados ao final do dia. Estas eleições Legislativas e Provinciais têm estado envolvidas e alguma polémica, pois neste momento será definido o futuro deste país, ou seja, se deixa de estar sob o domínio de militar do Presidente Pervez Musharraf ou se passa para o domínio do Partido Popular Paquistanês (PPP) – partido este, agora liderado pelo marido da ex-primeira-ministra e líder da oposição, Benazir Bhutto, assassinada a 27 de Dezembro de 2007 durante um atentado suicida.
A morte de Bhuttho, para além de levar ao adiamento das eleições, que anteriormente estavam previstas para o dia 8 de Janeiro, também alterou a situação política, que os EUA imaginavam como ideal, já que Musharraf tentava negociavar com Benazir Butho a partilha do poder, que segundo os EUA acalmaria as partes e traria alguma paz ao país.

Uma das polémicas instauradas durante os últimos dias, visam também as afirmações do agora líder do PPP, Asif Ali Zardari, que acusa estas eleições de fraudulentas e de o poder paquistanês estar a falsear os resultados. E quanto isto, Musharraf - o actual presidente, garantiu por várias vezes que as eleições são livres, tentando assim e de alguma forma aliviar os receios da oposição e da comunidade internacional.

Poucas horas antes da abertura das urnas, um candidato do partido do ex-primeiro-ministro e oposicionista Nawaz Sharif, sofreu um atentado em Lahore, província de Pendjab, na zona leste do Paquistão. Segundo o chefe da polícia, Malik Iqbal, o candidato a um lugar na Assembleia Provincial, Asif Ashraf, terá falecido juntamente com o seu secretário e o guarda-costas, quando seguiam numa viatura.
Tal situação levou a que comissão eleitoral suspendesse as operações de voto naquela zona de circunscrição.
Nos últimos dias de campanha, os atentados contra candidatos ou comícios chegaram mesmo a fizer recear uma alta taxa de abstenção nas eleições.

Em Portugal, a comunidade paquistanesa, hoje também foi a votos. Mas para isso, segundo Sohail Siddiqui, primeira secretária da embaixada do Paquistão em Portugal, os eleitores tinham que ter mais de 18 anos e estarem inscritos através da Comissão Eleitoral para poderem votar por correspondência.
Só em Portugal esta comunidade, é constituída por 4.000 paquistaneses, a maioria dos quais residentes na área da grande Lisboa.



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